Dicas e Artigos
Como escolher seu filhote?
Na atualidade tem crescido muito a procura por cães de pequeno porte, e um dos mais procurados é o Yorkshire terrier. A beleza, inteligência e facilidade de adaptação em qualquer ambiente e estilo de vida faz com que o Yorkshire seja único e por isso muito desejado.
Com a enorme popularidade cresce também os problemas genéticos, aparecem em sua maioria quando “comerciantes”, que através de acasalamentos irresponsáveis, sem preocupação com saúde e genética dos yorkies, acabam por disseminar doenças.
Os vendedores de yorkies para o tornarem “micros” não oferecem alimentação adequada, para que eles não se desenvolvam e assim fiquem pequenos, há pessoas que fazem com que nasçam prematuros, pois acreditam que assim fiquem menores.
Fora usarem um plantel onde a única seleção é o tamanho, ignoram se são saudáveis, sem tem as características do yorkshire e se tem ou não doenças genéticas e transmissíveis aos filhotes. Ainda tem os que oferecem filhotes com uma idade diferente da verdadeira, levando a erro quem está adquirindo o filhote, pois um filhote que tem 40 dias sendo vendido como se tivesse 60 dias, não será exatamente o que o futuro proprietário estaria esperando, fora não ter ainda o desenvolvimento completo e o período de amamentação e socialização com sua mãe e irmãos, tornando precário seu desenvolvimento.
Todos esses fatores vão influenciar um cão com problemas tanto físicos como comportamentais. E transformar o que deveria ser uma alegria em um problema.
Sendo assim, aqui vão algumas dicas que precisa saber antes de escolher e adquirir seu filhote:
Não existe designação de micro ou zero no padrão de nenhuma raça canina. Fuja sempre de qualquer um que queria lhe vender um filhote utilizando essas denominações. Normalmente se trata desses comerciantes que buscam apenas explorar a ignorância dos leigos.
O mínimo que se pode esperar quando se vai adquirir um cão de raça é que ele tenha pedigree oficial, CBKC – FCI. Pois o pedigree é a certidão de nascimento do filhote onde consta sua arvore genealógica, não existe cão de raça sem pedigree. Estranhe sempre que alguém tentar lhe oferecer um filhote sem tal registro e ou faça diferenças absurdas do mesmo filhote com ou sem pedigree. Normalmente essas pessoas têm excelentes desculpas para lhe convencer e desvalorizar o documento de pedigree. O documento custa cerca de 50 reais, então não há argumento para diferenças entre o valor do mesmo filhote com ou sem o pedigree.
Não leve em conta como critério de decisão na hora de adquirir seu filhote apenas o valor a pagar. Não esqueça que o cão viverá contigo pelos próximos 15 anos, logo há muitas outras decisões importantes a serem tomadas para a aquisição do filhote.
Lembre-se que normalmente o barato sai caro, quem paga mal paga duas vezes. Normalmente cães vendidos com valores muito baixos, estão passando por todas as irresponsabilidades que citei no inicio, e o gasto que terá para o resto da vida, fora sofrimento emocional tanto dos familiares e do próprio animal será muito mais caro!!
Caso seja inviável para seu orçamento adquirir um filhote de raça de um criador responsável, é preferível adotar um cão de abrigo, que será tão terno e carinhoso quanto e histórico será igualmente desconhecido.
Nunca compre filhotes em feiras e ou pet shops, normalmente esses lugares são abastecidos por esses mesmos comerciantes.
Economia no preço do filhote geralmente se reverte em gastos veterinários ou problemas por vezes sérios de temperamento. Criadores sérios investem muito em seu plantel, sempre adquirindo cães cuja genealogia é amplamente conhecida e por muitas vezes depois de descobrirem que o cão leva algum problema genético ou não é bom para a criação, não utilizam em sua criação, sempre buscando a saúde e qualidade dos seus filhotes e futuro da raça. Por isso seus filhotes custam mais. Mas o investimento ao adquirir o filhote desses criadores reverte-se em um cão dentro do padrão da raça tanto físico quanto comportamental. Lembrem-se cães não são produtos industrializados.
O cão é um animal de companhia, não só pelo fato de nos fazer companhia, mas porque ele também necessita de companhia. Nenhum animal será pleno no bem maior de sua tipicidade como raça, ou seja, seu temperamento, se não lhe for proporcionado contato humano saudável terno e sobre tudo suficiente.
Desconfie dos que afirmam com naturalidade que “o animal se habituará facilmente a longos períodos de solidão“. Também daqueles que colocam todos os aspectos positivos da raça, mas não falam dos contras, e geralmente esses pontos que podem determinar a adaptação do animal à rotina da casa.
Corra do “criador” que não lhe pergunta nada além da forma de pagamento. A lista de perguntas de quem vende um animal tem cunho pessoal, pois ele precisa saber de detalhes para encaminhar um ser vivo que se adapte mais ao seu jeito e estilo de vida, pois cada um terá necessidades e peculiaridades como mais um filho.
A criação de cães é baseada na seleção da raça por meios de cruzamento que geneticamente colaborarão de alguma maneira para evolução, aprimoramento e sobrevivência da raça. Toda a ninhada deve ser feita por um objetivo especifico que não dinheiro.
Cães são seres sociais, precisam de uma vida social, assim como novidades. Precisam ser socializados e terem diferentes vivências e situações. Cães por extinto são seres gregários, ou seja, gostam de companhia de outros cães e humanos para viverem em plenitude e felizes. Vivem em matilha. Sendo assim, fujam daqueles que tem uma quantidade elevada de matrizes e padreadores presos em canis, gaiolas ou ambientes inadequados.
Ninhadas devem ser repetidas por motivos especiais, fujam sempre dos criadores que tem várias ninhadas por ano e sempre utilizam o mesmo padreador.
Espero que com essas dicas possa ajudar no momento da aquisição do futuro membro da família. Desejo-lhes sorte e felicidades.
por Clarissa Faig