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História do Yorkshire Terrier
A origem da raça ocorreu na Grã-Bretanha, no condado de Yorkshire, mesmo lugar do Airedale terrier, sua história está atrelada a fatos históricos e foi visto pela primeira vez em torno dos anos de 1850. Há relatos variados de suas origens e seu desenvolvimento, observando-se sua história através dos registros de livros e publicações dos fãs da raça no Reino Unido.
No fim do século XI, os servos adquiriram permissão de criarem cães, porém seu tamanho não deveria ultrapassar o de um aro metálico de sete polegadas de diâmetro. E acredita-se que foram desses acasalamentos feitos para se ter cães pequenos, o início do que mais tarde seria o grupo dos terriers. Na época, o cão que passasse sem problemas por esse aro era considerado pequeno o suficiente para não caçar, já que a classe servil, à qual pertenciam seus donos, não tinha o direito à caça nos domínios senhoriais.
Até o século XVIII a maioria dos britânicos trabalhava na agricultura, mas com o advento da revolução industrial, muitas famílias deixaram a Escócia, levando consigo os seus cães e instalando-se no Condado de Yorkshire, na Inglaterra, onde pequenas comunidades se desenvolveram ao redor das minas de carvão, dos moinhos têxteis e das indústrias de lã. Mais diretamente ligado ao surgimento dos yorkshires, dita uma raça relativamente recente, estão os cruzamentos entre vários cães de pequeno porte já conhecidos na época.
Seus antepassados vieram da região da Escócia onde corre o rio Clyde. O antigo terrier preto e castanho está por trás da formação do Yorkshire terrier, juntamente com outras raças como o maltês e os ancestrais do Skye terrier, Clydesdale terrier e o Paisley terrier, semelhantes ao Skye terrier, com o pelo macio e a pelagem lembrando o atual Yorkie. O antigo yorkshire pesava entre 5,5kg e 7 kg, o desenvolvimento adicional objetivando o Yorkshire Terrier atual ainda estava de certo modo, fora de questão, sendo ele muito diferente do Yorkshire Terrier do norte da antiga Inglaterra, muito maior que o Yorkie atual. Nenhum registro na forma de pedigrees existe para confirmar estes cruzamentos (possivelmente por causa do baixo nível de alfabetização naqueles tempos).
A criação da específica raça é creditada ao cavalheiro inglês Peter Eden, um notável criador da época e respeitado juiz de competições oficiais. De sua posse faziam parte exemplares de pelagem longa, acetinada azul e fulva, bem como o ancestral de um dos mais conhecidos yorkshires de exposição da época, além de ter-lhe sido atribuído o primeiro registro de um yorkshire no Livro de Criação, sob o nome "terrier escocês de pelo curto e yorkshire". No século seguinte ao início das migrações para as cidades, por volta do ano de 1861, o yorkshire foi pela primeira vez apresentado publicamente na Inglaterra, em Birmingham, quando desfilou como variedade especial de uma outra raça. Alguns anos mais tarde, apareceu em sua primeira exposição canina e foi reconhecido como raça pelo American Kennel Club, e inserido no Britsh Kennel Club sob o nome de yorkshire terrier, cujo primeiro padrão previa dois grupos distintos: um para os exemplares de até 2,5 kg, preferidos para companhia, e outro para os de até 6 kg, prediletos para a caça aos roedores. Em 1898 foi criado o primeiro clube dedicado exclusivamente à raça.
No fim da Era vitoriana a raça atingiu prestígio quando um exemplar foi escolhido pela rainha Vitória como seu cão de estimação, comportamento logo imitado pelas senhoras aristocratas e da alta burguesia, que passam a eleger os yorkshire terriers como companhia, ornamentando seus animais de acordo com o modelo da roupa que usavam no dia. A partir de então aquele caçador eficiente tornou-se, em definitivo um cão de companhia de luxo, como se vê contemporaneamente ao lado de celebridades. Foi por seu tamanho diminuto - ele é o menor de todos os terriers e aparente fragilidade que o yorkshire, quase sempre chamado apenas de york, manteve sua popularidade no mundo, sendo frequentemente escolhido por pessoas que moram em casas pequenas ou apartamentos para serem suas companhias. Graças a sua personalidade, entretanto, também é animal preferido por donos que ocupam grandes mansões, não se limitando aos que habitam espaços reduzidos.
O yorkshire terrier, como ficou conhecido a partir do final do século XIX, difundiu-se por todo o mundo. Em 1932 apenas trezentos foram registrados no Kennel Clube Britânico, ao passo que em 1957 este número subiu para 2 313 e, em 1970, chegou a ser a raça mais popular da Inglaterra. Na década de 1990 o número de exemplares nos lares atingiu o ápice, chegando a 25 665. Contudo esse número reduziu-se a aproximadamente a metade em apenas quatro anos. No ano de 2009 foi eleita uma das dez raças mais populares do mundo em pesquisa que ressalta seu temperamento corajoso, seu companheirismo e o seu tamanho, próprios para companhia, sem restrição de idade.
O atual Yorkshire tem seu padrão oficial no qual se tornou um cão mais compacto e seu peso considerado dentro do padrão da raça entre 2kg até 3,5kg.
Foto do atual Yorkshire Terrier Típico.